Iluminação natural, uma questão de sustentabilidade

Iluminação natural, uma questão de sustentabilidade


O problema do calor gerado pela luz artificial que se soma ao produzido pelas pessoas e artefatos aumenta a temperatura do ar e a sensação de desconforto térmico, além da monotonia fornecida pela mesma, perde-se a noção de tempo.


Em primeiro plano a luz natural está relacionada a uma boa qualidade de vida. As pessoas estando em contato com a variação temporal ao longo do dia se mantêm informadas sobre a variação do clima externo, têm a sensação psicológica do tempo.

Em segundo plano a relação custo benefício existente entre o homem e esse método de iluminação é totalmente gratificante, se o projeto for bem executado, resultará numa grande economia de energia elétrica, tanto em iluminação quanto em ar condicionado.

O projeto de iluminação deve ter como base a complementação e não a substituição da iluminação natural pela elétrica. Deve-se existir uma integração entre os dois meios de iluminação, pois no período da noite, no final da tarde, e até mesmo em dias nublados, a utilização da energia elétrica é essencial.

A iluminação vinda do ambiente externo é mais que suficiente para qualquer atividade normal, em dias médios o nível de iluminação é de 300 lux e em dias claros pode chegar até 1000 lux.

Atualmente a grande maioria das pessoas desconhece muitas formas de gerar calor e acabam copiando projetos que são aptos a outros climas. Projetam grandes aberturas envidraçadas, depois quando percebem que há uma grande quantidade de radiação solar, entrando no ambiente colocam vidros de cores escuras, certo que a radiação que entrará será menor, mas o vidro escuro absorve mais energia, conseqüentemente esquentará e o calor passará para o ambiente interno, mudará também o espectro da luz, o que levará a utilização de iluminação artificial.

Para se ter um bom nível de luz e para que não haja ofuscamento nem grandes contrastes, pois estes levam a o desconforto e ao cansaço visual, deve-se atentar aos seguintes critérios:

• Organização dos espaços interiores compatível com a forma e a melhor orientação;

• Estudo da localização, forma e dimensões das aberturas;

• Estudo da geometria e cores das superfícies internas, de maneira a conseguir uma distribuição homogênea de luz no interior;

• Bom projeto das partes fixas e móveis dos elementos que controlarão a entrada da luz e da radiação direta;

• Decisão sobre o controle da iluminação, passivo ou ativo, manual ou computadorizado;

• Conhecimento das propriedades térmicas e lumínicas dos materiais transparentes utilizados;

• Conhecimento da sensibilidade às cores decorrentes da cultura e costumes locais.

Por último vale lembrar que um bom projeto de iluminação está aliado a um bom projeto de arquitetura.

A intenção de abordar esse tema é para que a partir dele as pessoas tenham um conhecimento maior sobre essa maneira de sustentabilidade e que a iluminação natural seja conceituada nos projetos de suas casas, visando à integração das iluminações natural e artificial, que permita conseguir um ambiente com melhor qualidade de vida e economizar da parte da energia elétrica gasta com a iluminação e com o sistema de ar condicionado.


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