Cobertura de vidro com segurança
Coberturas
de vidro viraram tendência e têm sido cada vez mais procuradas nas vidraçarias.
Essa solução em vidro agrada muito por aliar a beleza estética do vidro ao
aproveitamento da luz solar e consequente economia de energia. Porém,
justamente por ter se tornado um produto tão popular e tão procurado, volta e
meia surgem notÃcias sobre acidentes causados por coberturas instaladas de
maneira inadequada. Aà vem a dúvida, qual a maneira correta de instalar uma
cobertura de vidro? Sabemos que nessa hora o que salva é consultar a NBR 7199,
porque lá tem todas as normas para orientar o projeto, a execução e as
aplicações de vidros na construção civil.
No
caso das coberturas de vidro, uma recomendação muito importante da norma é com
relação ao tipo de vidro a ser utilizado. Veja o que diz na página 07 da
NBR 7199/1989:
h) o
envidraçamento de balaustradas, parapeitos, sacadas e vidraças não-verticais
sobre passagem devem ser executados com vidros de segurança laminados ou
aramados, salvo se for prevista proteção adequada;
i) no caso de utilização em claraboias ou telhados, para iluminação de passagem
ou locais de trabalho, a vidraça deve ser adequadamente protegida com telas
metálicas ou outros dispositivos, e, quando não o for, o vidro deve ser de
segurança aramado ou laminado;
Bem,
lendo esse trecho fica claro que a cobertura de vidro, por ser uma vidraça
não-vertical sobre passagem, deve ser instalada com vidro laminado ou aramado,
certo?! Mas, porque isso? Que risco há em não seguir essa norma? Outra dúvida
muito recorrente é sobre a tal da proteção adequada para casos em que não for
usado vidro laminado ou aramado. Afinal, pode ou não pode usar pelÃcula como
“proteção adequada� Acompanhe a seguir as respostas a esses questionamentos:
Por
que a NBR 7199 orienta que em claraboias ou telhados devem ser instalados
vidros de segurança aramado ou laminado?
Porque os vidros laminados e aramados possuem uma cada interna, seja de arame
ou da lâmina de PVB, que nos traz segurança por evitar que, em casos de
acidentes, quaisquer tipos de fragmentos de vidro atinjam quem está próximo.
São vidros que permanecem no local mesmo após a quebra (trincas ou rachaduras).
Essa orientação existe porque sabemos que a instalação de vidros em locais
altos (sobre nossas cabeças) são as que oferecem risco iminente às pessoas que
transitam próximo.
Na
prática, que risco corre uma vidraçaria que instala claraboias ou telhados
utilizando vidros que não correspondam ao que exige a NBR 7199?
Esse é um ponto complicado, uma vez que nem todos cumprem com as normas.
Pode-se dizer que é um trabalho de “formiguinhaâ€, através do qual,
recentemente, as associações vêm tentando conscientizar os instaladores a
usarem o material adequado. Ocorre que na legislação brasileira este instalador
poderá responder civil e criminalmente. Ou seja, se ficar comprovado que este
instalador descumpriu com a norma técnica, poderá ser processado criminalmente
por danos ou morte do consumidor. No âmbito civil, também estará sujeito ao
processo para ressarcimento de perdas e danos, podendo até mesmo ocorrer o
fechamento da empresa. Resumindo, aqueles que utilizam vidros temperados ou sem
têmpera, assumindo o risco de que, por algum motivo, o vidro venha a
fragmentar-se, respondem judicialmente por todos os acidentes e erros de
projeto consequentes do não cumprimento da norma.
Em
casos de instalações de coberturas de vidro em que não é utilizado o vidro
laminado ou aramado, a NBR 7199 orienta que “a vidraça deve ser adequadamente
protegida com telas metálicas ou outros dispositivosâ€. Com base nessa
orientação, alguns instaladores recomendam a aplicação de pelÃculas especiais,
na parte interna do vidro. Essa medida é eficaz e torna a instalação realmente
segura?
Sim. Porém, há uma série de exigências a serem cumpridas. Primeiro, não é
qualquer pelÃcula, tem que utilizar a pelÃcula correta de segurança. Segundo
que a aplicação da pelÃcula de segurança deve ser feita no vidro antes da sua
instalação. Além disso, a instalação deve receber um apoio nas bordas que
variam conforme as dimensões do vidro. São vários pontos a serem seguidos para
evitar complicações futuras. Se for analisar todo o processo, acaba sendo mais
simples quando utilizado vidro laminado ou aramado.
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